terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Caramunalha




Meu andar ébrio, à toa na rua,
Minha cabeça loira, já seminua
Não mostram diligência
E nem tampouco adolescência
Que pareceria mistura tão surreal.

Meu blusão desabotoado, manchado de café,
Meu dedão suado, como de quem anda a pé
Não mostram, eu confesso,
Nenhum sucesso,
Algo tão subjetivo que para mostrar não é preciso ter.

Meu desfecho, não tem nada de forte,
Não é uma conclusão, mas sim a morte
De um poema, que, assim como eu e você,
Só surgiu para falar alguma coisa.
Que não precisa rimar,
E não precisa ganhar,
Não precisa ser cristão,
Não precisa falar com o coração,
Basta dizer algo de mim,
Porque, no final, é o meio que justifica o fim.

Um comentário:

  1. Muito bom, cara! "Meu andar ébrio, à toa na rua,
    Minha cabeça loira, já seminua
    Não mostram diligência
    E nem tampouco adolescência
    Que pareceria mistura tão surreal." Não só essa parte... todo ele. Mas essa parte é uma pintura sua.. Abração, louco!

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