É tão difícil uma definição para informação que, devido a essa pobreza de definições, arriscarei uma aqui: informação é uma disposição da realidade ou das ideias que pode ser apreendido em um conjunto chamado conhecimento. Portanto o ato de conhecer algo está para além do real, dos objetos e da matéria que observamos, o conhecimento não é uma abstração do mundo real, mas uma captação muito pobre das disposições, sejam materiais ou imateriais, constantes ou efêmeras.
Embora pareça pouco relevante, essa observação é de suma importância para a minha observação. Logo deduz-se que as informações não são retiradas de nós, mas sim nós somos retirados das informações. A cada segundo estamos substituindo nossos átomos, então não é possível me definir pela minha matéria, uma vez que está em constante fluxo e ainda não é possível fazê-lo pela disposição dos meus átomos, uma vez que se eu perco um braço ou uma perna eu não deixo de ser eu mesmo. Só nos resta dizer que somos informações concentradas em um ponto do espaço, quando morremos nossas informações são espalhadas e nossa pressão é dissipada sobre a grande área do Universo, tornando-se praticamente imperceptível.
Novamente voltando a exemplificar a ilustração, se nossos átomos estão em constante fluxo, podemos fazer uma analogia à um rio, tal qual Heráclito, e dizer que o nosso corpo está em constante fluxo tal qual as águas de um rio, não podemos um rio pelas águas, uma vez que estão em contante movimento, nem pelas margens, pois se o rio secar e só ficarem as margens, não o chamaremos de rio e nem tampouco pela sua disposição, já que se mudarem o rumo de um rio ele não deixa de o ser. Só nos resta definir um rio como um conjuntos de informações concentradas pelo Universo, na própria água do rio há uma série de informações, como sua composição química e nessa há a informação da formação dos átomos, então são incontáveis informações agrupadas em algo que definimos por uma palavra: rio e assim também somos nós.
Esse é um pensamento muito poderoso, pois quando penso que eu sou um aglomerado de informações e você é outro e nós dois um dia vamos nos desfazer por completo e nos reagrupar em outros seres e talvez estejamos reunidos em um ser ou até em vários daqui a alguns anos e que nós mesmos somos a união das informações de vários seres, a começar pelos exemplos materiais: o DNA de nossos pais, os livros que nós lemos, até os exemplos mais imateriais: as informações dissipadas no Universo que foram condensadas em nós reparamos que tudo está em constante contato, "tudo é relativo", relativo vem de relação, logo, tudo depende de uma relação.
Como disse Haramein, nossa impressão de que estamos separados das outras coisas se dá pela falsa impressão que temos do espaço, pois imaginamos um vazio que não há entre dois objetos, na verdade, o vácuo intergalático, que é o maior que conhecemos, a distância entre as moléculas é de centímetros e mesmo no vazio partículas são criadas e se anulam constantemente. A grosso modo tentar produzir matéria a partir do nada é bater na parede do vazio a fim de deslocar alguma partícula, nem o vazio é vazio.
Quando escrevemos uma música agrupamos informações, mas essa ordem vem de nós, que também somos um monte de informações agrupadas e ordenadas por uma outra informação, que rege o Universo, a informação de que H2O é a fórmula da água por exemplo. Logo só existe informação e energia, sendo a energia objeto da informação e a informação imaterial, porém todo o material é feito por ela, como o cubo existente, feito por pontos que não existem.
Caraca! Foi exatamente sobre o que falamos... muito bom! Também preciso escrever sobre isso. Existem certos tipos de vídeos, conversas, pensamentos, acontecimentos, etc, que são ponto chave de mudança. A partir deles nosa visão muda para melhor, penso eu. E isso é muito bom! Abração, cara!
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ResponderExcluirNão me contive.. corrigindo.. 'nossa' e não 'nosa'...hahaha
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