terça-feira, 26 de julho de 2011
Deus e o Diabo na Terra.
É curioso
O preconceito que temos com Jesus
Fico furioso,
Mas ele que carregue a sua cruz.
Jesus é pobre e judeu,
Escravo da vontade de Deus.
O ápice da sua proeminência
É a cega obediência.
Deus é forte, onipotente,
Obediência não lhe compete.
É uma espécie de faça o que digo e não o que faço,
Senão seu destino é queimar lá embaixo.
Deus é rico, loiro e americano.
Jesus é preto, pobre e suburbano,
O nerd que só consegue alguma coisa no filme,
Porque entrou para o time.
Se na vida temos que nos tornar vencedores,
Se do nosso jeito somos perdedores,
Se na nossa vida o importante é ambição.
Não acabaríamos como o Diabo?
Árabe, barbudo e afegão.
Por que não amar as coisas do jeito que elas são?
Por que criar um modelo, um padrão?
Por que limitar a fé: religião?
Por quê?
Todos querem ser Deus e não Jesus, então porque chamar de cristãos?
Não seria melhor deusãos?
Ou deusinhos, quem sabe...
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Je T'aime Universal - Não é uma maneira de amar que aprendemos no culto, essa só o nosso corpo explica.
Parfois quand je pense
En vous je me sens une chaleur étrange
Dans le corps, ceux qui font les pasteurs des églises
Ou treize parler en langues
Everybody is talkin' at me
Outro dia eu li em uma revista,
Ou foi num site desses feministas?
Que fomos criados para sair e conquistar,
Por isso nada muito fácil iremos valorizar.
Eu não sou do tipo que cola um provérbio na parede do quarto,
Mas também não sou cego,
O que eu enxergo, não nego.
E agora o Harry Nilsson
Canta acompanhado de uns poucos acordes na viola
Uma música que sai da minha caixa de som
E eu repito toda hora.
E quem diria que uma década depois se desperdiçariam
Centenas de notas em solos de guitarra e entrariam na modas, os violinistas,
Apenas para realizarem uma grande conquista.
Se o que vale é dificuldade,
Nos valorizar devia ser uma faculdade
Com pós-graduação em pilhéria
Preconceito, menosprezo e ignorância suas principais matérias.
O mais engraçado dessa história
É que nossa única conquista é a ignorância
E vence quem conta mais estória.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Mais de 36 cores
Quando eu era criança, o que eu mais queria
Era uma caixa com 36 cores de lápis de cor
Mas os anos se passaram, vieram os romances em preto e branco
E nem todas as minhas cores os pintariam.
Loiras, ruivas e morenas
De pele ou cabelo.
Altas, magras, gordas e pequenas.
Sardas, pintas e pelos.
Românticas, acefálicas, pálidas,
Briguentas, foguentas, ciumentas.
E ainda tem gente que tenta
Achar em uma a diversidade de tantas vidas.
E eu me pego pensando:
"Como pode um lápis de cor,
Faber Castell ou Hidrocor,
Ter todas as cores da caixa?"
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Sonetrem
Seis e trinte e três,
Em pé espremido
Num pedaço do seu vestido,
Logo em você.
O horário é cruel
E nem se fala na cobrança
A passagem não cabe na sacola do velho Noel
Mas ainda guardo uma boa lembrança.
Lembrança de quando dividíamos tão bem o m²,
Que fizemos Newton,
Com todas as suas teorias e maçãs, ser ridicularizado.
Mesmo sem nenhum som,
Era uma dança que me deixava animado,
Aquela chacoalhada da multidão.
Soneti
Dessa vez escrevo a ti
Intangível intingível no meu pensamento
Para que em algum momento
Eu tenha sorti.
É difícil dormir de madrugada
E se sentir forti
Quando não se pensa em nada
Além de ti.
Outro dia, que não de madrugada, sonhei contigo
E se o sonho é como um aperitivo da morti,
Talvez eu e ela possamos ser amigos.
Às vezes eu não meço o que digo,
Mas é que eu vivo a procura de um abrigo
Que está em ti.
Palavras cruzadas 2
Falei com ela hoje
Através de uma janela,
Com letrinhas apenas
E sem o sorriso dela.
Bonita a foto que ela postou
Outro dia só me restou
Outro dia vendo minhas fotos com ela.
Kansei de falar com os dedos.
Sonete
Eu quis te escrever
Algo bonito e com pudor
Para você ler
Como uma história de amor.
Eu queria
Mas acho que você não se importa
Com essas palavras que entortam
Poesias.
Palavras que se gritam em galerias
Estão fora de moda,
Diferentemente das pintadas em latarias.
Latarias de carro, capotas
dos sedãs, hatchs ou Dakotas,
Desde que sejam do ano, suas carrocerias.
Soneta
Na janela
Do meu computador
Eu vejo sem pudor
Seu corpo na tela.
No banheiro
Há um jantar de velas
E no chuveiro,
Eu aliso suas penas.
Palma e pinto,
Eis a combinação
Para ludibriar meu instinto.
Tamanha ludibriação
Que eu sinto
Algo mais que imaginação.
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