domingo, 18 de setembro de 2011

Nariz de pau





Deus abençoe os mentirosos! É o que eu tenho a dizer essa madrugada, simplesmente porque as palavras falaciosas são de fato mais divertidas do que as coesas, eis o motivo da minha preferência por poesias, elas são um passe livre para a mentira, uma vez que ao escrevermos um sentimento profundo e verdadeiro num verso ao seguinte cabe uma mentira de boa métrica para rimar. E eu adoro as histórias mentirosas, não aquelas maliciosas que causam intrigas, mas as que causam risos trancados entre os lábios.

Quem conta uma mentira para causar uma briga é o mal-intencionado preguiçoso, aquele sujeito que não quer correr, mas bota o pé para o outro tropeçar, uma maneira de matar sem lutar. O genuíno mentiroso é a quem me refiro, o homem que risca a sua dignidade a diamante para propiciar alguns momentos de alegria coletiva, é o herói dos churrascos em família, o rei das conversas de botequim.

Sempre que eu posso escutar uma mentira de qualidade eu me sinto privilegiado. É claro, é um trabalho hercúleo segurar o riso por alguns minutos, mas as horas e talvez dias de gargalhadas posteriores sempre compensam, é como investir na bolsa de risadas.

Por isso mais respeito aos nossos comediantes do dia a dia que com certeza são mais criativos que os roteiristas dos filmes do Stallone ou desses anabolizantes encarnados que acreditam fazer da porrada uma forma de arte e, apesar dessas risíveis figuras não ganharem nada em troca, sempre nos surpreendem com seu talento. Obrigado!

Um comentário:

  1. uhauhauhauhauha!
    Conheço a motivação mas não conseguiria colocar tão bem em palavras!
    muito bem escrito! parabéns!

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